Augusto Chagas/UNE(esquerda) Beth Carvalho(centro), abrilha´ntar a 7ª BIENAL DA UNE
Artista recebeu em sua casa coordenadores da Bienal para falar sobre o festival; presidente da UNE convidou a sambista para ser madrinha do evento
Recuperando-se de uma cirurgia na coluna, a combativa, botafoguense e brasileira máxima, Beth Carvalho, recebeu de portas abertas em sua casa a coordenação da 7ª Bienal da UNE. O maior festival estudantil da América Latina já estava a algumas semanas ansioso por este encontro. Primeiro, porque se trata de uma das mais importantes vozes do samba e, talvez, quem melhor soube cantar o Brasil em sua músicas. Segundo, seria o momento de fazer o grande convite: perguntar se ela toparia ser a madrinha do evento quer irá tomar o Rio de Janeiro de 18 a 23 de janeiro.
O encontro aconteceu na quarta-feira (8), na bonita casa da artista, na zona sul carioca. Participaram o presidente da UNE, Augusto Chagas, e os coordenadores da Bienal, Fellipe Redó, Guilherme Barcellos e Rafael Gomes.
Nas quase três horas de bate-papo, recheado de casos e histórias, o samba e o Brasil foram assuntos principais. As paredes da casa, com fotos e livros de Cartola e Nelson Cavaquinho em meio a outras de Che Guevara, já mostravam que a roda de conversa passaria também por momentos marcantes da vida da artista, como o encontro com o presidente de Cuba, Fidel Castro. Além do seu talento natural para cantar, Beth sempre foi militante política-cultural, apoiando movimentos sociais e defendendo a musica brasileira.
Augusto agradeceu a receptividade da sambista e disse que a Bienal da UNE se sentiria honrada em tê-la como a grande homenageada. Augusto apresentou o tema do festival, "Brasil no estandarte, o samba é meu combate", e explicou que a proposta da entidade é mostrar o samba como cultura, como espaço de interação social, não apenas como gênero musical e enfrentar a incômoda teoria de que o samba e a felicidade do povo brasileiro são inférteis. (Leia aqui o manifesto da 7ª Bienal)
Redó atentou para a necessidade de dissociar a imagem de "pais do carnaval" de um povo inerte as questões sociais. "É justamente a alegria, a identidade do povo brasileiro, que promove a nossa união. Assim somos capazes de realizar as grandes mudanças necessárias para construirmos o país que queremos", lembrou Augusto Lemos.
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