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sábado, 22 de outubro de 2011

A ANE LIGADA EM VOCÊ, DESEJA A TODOS, SUCESSO NO ENEM!


Hoje é dia de Enem

22/10/2011

Hoje, e amanhã, é dia de Enem. E deveria ser feriado nacional, assim como é o dia do vestibular dos estudantes chineses

Hoje, e amanhã, é dia de Enem. E deveria ser feriado nacional, assim como é o dia do vestibular dos estudantes chineses. No Brasil, apesar de a Educação estar na boca de toda pessoa pública como prioridade, a verdade é bem diferente.
Ainda valorizamos demais o estudante dentro da escola, sem discutirmos o que é feito nessas escolas. Os poucos pais que participam da rotina escolar ou que frequentam as reuniões bimestrais, quando elas existem, ainda discutem faltas, notas e comportamento. Poucos pais, professores e profissionais da Educação fazem desses espaços locais para se discutir projetos pedagógicos. Ainda não vi, durante minha experiência como educador, uma reunião entre pais e mestres em que se discutisse o que é melhor para os alunos, uma educação ‘conteudista', daquelas em que os professores são donos da verdade, conhecem todos os conteúdos e precisam colocá-los na cabeça dos alunos, ou uma educação baseada na resolução de problemas, em que os alunos aprendem fazendo.
Bases para essa discussão já temos. A ONU definiu que, estando dentro da escola, o importante é que os educadores consigam desenvolver quatro pilares com os alunos: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a ser; aprender a conviver. 
No Brasil, a Educação ainda recebe influência do Iluminismo, quando resolveram que todo o conhecimento deveria ser reunido em um único livro, a Enciclopédia. Alguns de nós ainda lembramos que as famílias, há bem pouco tempo, acreditavam que ter uma enciclopédia em casa era fundamental para a educação de seus filhos. E ficavam as enciclopédias, algumas com capas de couro e letras em ouro, nas estantes se enchendo de poeira. 
Introduzir a Educação nas escolas brasileiras
Acontece que os tempos mudaram. Todo o conhecimento que um cidadão médio consegue acumular em sua vida é o mesmo que uma edição de domingo do New York Times (cerca de cinco quilos e meio). O conhecimento hoje, na era da internet, é infinito, e encher a cabeça dos alunos com nomes de rios, capitais, espécies, fórmulas, entre outros conteúdos, não pode mais ser chamado de educação. Isso é ensino. Ensinar todo o conteúdo disponível, mesmo se quiséssemos, seria impossível.
A grande ideia do Enem, mesmo com todas as suas trapalhadas, é justamente começar a mudar isso, induzindo reformas no Ensino Médio. O Enem acredita que fazendo uma prova que, além de cobrar alguns conteúdos mínimos (em menor quantidade do que os propostos pelos vestibulares convencionais), proponha o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a atuação como cidadão e como profissional, fará com que as escolas de Ensino Médio reduzam seus conteúdos e incluam o ‘aprender a conhecer, fazer, ser e a conviver' em suas rotinas de aulas. 
Fazer o Enem, mas fazer benfeito
Essas ações em direção a novo modelo de Educação são excelentes, mas vêm sendo feitas com muitos equívocos. Em política econômica, por exemplo, só podemos aprovar novo imposto no ano fiscal anterior ao início de seu recolhimento. Em ano eleitoral, não se mudam as regras das eleições, que devem ser mudadas há mais de um ano antes. Para o Enem ser usado como vestibular não foi assim. Poucos meses separaram o momento da decisão pela implantação e a validade dela.
A redução de conteúdos é necessária. Nos tigres asiáticos, por exemplo, um livro de Matemática de 9º ano tem cerca de 16 assuntos a serem estudados. Os nossos têm de 40 a 56. Mas não adianta fazer o Enem para induzir mudanças e não explicar às escolas a diferença do Enem para os vestibulares convencionais. Falta o MEC capacitar escolas, coordenadores e professores sobre o que tem o Enem de diferente, como desenvolver as competências e quais os conteúdos mínimos.
O MEC também tem outros instrumentos de ação. Ele é o maior comprador de livros do mundo, por causa de seu programa de livros didáticos. Deixasse o MEC de comprar e distribuir os livros de Ensino Médio que estão em desacordo com o que pede o Enem em suas provas, certamente as editoras se dedicariam a fazer novos livros, estes sim instrumentos de educação.
Atenção: " O resultado do ENEM 2011 deverá ser muito mais rápido este ano por conta de novos métodos de correção "
Fonte: ENEM LOGO - FEITO AGORA!.

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