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segunda-feira, 20 de abril de 2015

NÃO TEM ARREGO! GREVE DOS PROFESSORES PAULISTAS CONTINUA

60 mil professores reunidos em Assembleia afirmam continuidade da paralisação que já dura 34 dias
Nesta sexta-feira (17/4) a quarta assembleia do Sindicato dos Professores de São Paulo, Apeoesp, desde que foi decretada greve no dia 16 de março, reuniu mais de 60 mil professores de todo o Estado no vão livre do Masp, na capital de São Paulo.

Os profissionais deliberaram e decidiram que não vão se curvar às mazelas que o governo tucano tem imposto, por isso a paralisação foi mantida. Depois de reconhecer a greve dos profissionais apenas depois de um mês de paralisação o governo estadual não apresenta propostas.

“São 60 mil professores dizendo que a greve continua e que ninguém vai ceder enquanto o governo não negociar”, afirmou a presidenta da Apeoesp, Bebel Noronha.

Os profissionais reivindicam 75,33% de aumento para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. Além disso, eles pedem melhores condições de trabalho e o fim da superlotação nas salas de aula.
Os docentes denunciam ainda a precarização no ensino paulista e o fechamento de mais de 2 mil salas de aula.

SEM DIÁLOGO

“Essa situação do estado de São Paulo é imoral. Essa luta é por salário também porque somos a categoria com menos salário entre as profissionais de ensino superior, mas também pelo fim da violência nas escolas, porque todos os dias os alunos e professores são roubados na porta das escolas e nada é feito. Estamos tentando negociar com o Sr. Geraldo Alckmin, mas depois de 34 dias de greve ele não parou nem para nos ouvir. Esse é o respeito e a educação que ele tem com o professor do Estado. Pedimos respeito pela nossa categoria”, afirmou a presidenta da Apeoesp.
Já na quarta-feira (15/4), os professores ocuparam a sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, após uma audiência pública sobre a paralisação para pressionar o governo estadual pela abertura de negociação. Eles dormiram no plenário Juscelino Kubitschek, onde permaneceram até a noite de ontem (16/4).

Existe uma reunião marcada para o próximo dia 23 com o secretário de Educação, Herman Voorwald, e os grevistas. Mas, ainda assim, a categoria pede urgência no encontro e diálogo direto com o governador.

LUTA DE TODOS

O diretor da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Samuel Oliveira, afirma que os estudantes entendem que a escola pública está sucateada e que os professores precisam ser valorizados. “Ao professor de luta está incumbido não só o papel de educar, mas de mudar toda uma geração”, afirmou. E ressaltou: “vocês não estão sozinhos, professores! Nós, estudantes estamos com vocês. O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo. Vamos à luta”.

A secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Silva, destacou em sua fala que “a greve dos professores já é vitoriosa porque está impondo a pauta da valorização dos professores, e a luta por uma educação de qualidade para São Paulo”. Rosane lembrou que os governadores do PSDB tem se posicionado contra os professores em todo o País, como no Paraná que os professores travaram uma verdade batalha vitoriosa contra o governo e no Pará em que a categoria que se encontram em greve na mesma situação que os paulistas.

A secretária da CUT lembrou também da luta das centrais contra a Lei da Terceirização em todos os setores “essa é uma luta única de todos os trabalhadores independente da categoria”, afirmou.
O deputado federal, Ivan Valente (PSOL-SP), também fez uma breve fala em que incentivou os profissionais: “resistam, é com muita luta, pela dignidade do magistério, pela juventude”.

 Da Redação



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