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sexta-feira, 3 de abril de 2015

PRÉ ENUNE EM FORTALEZA E NO RIO MOVIMENTA UNIVERSIDADES


Estudantes promoveram discussões sobre o 4º Encontro de Negros, Negras e Cotistas da UNE
A poucos dias do início da quarta edição do Encontro de Estudantes Negros, Negras e Cotistas da UNE (Enune), que acontece de 3 a 5 de abril, em Salvador, estudantes de diversos cantos do país promoveram debates acerca do tema do evento: ‘’O Brasil que queremos para a população Negra’’.
Em Fortaleza, o Pré-Enune ocorreu na última sexta-feira (27/3) e reuniu os estudantes na Universidade Federal do Ceará (UFC).
Assuntos prioritários como o combate ao racismo e ao genocídio da juventude negra, o empoderamento das mulheres negras e a construção de uma educação afirmativa e afro-brasileira permearam as atividades.
Para a representante do coletivo Enegrecer Geyse da Silva o encontro foi importante pois enriqueceu os debates que serão realizados no Enune. ‘’A gente acredita que a educação tem o poder de libertar o povo e esse foi um espaço para discutir a educação que queremos para a juventude negra. Serviu como troca de experiências para que o povo negro organizado possa disputar cada vez mais espaço na sociedade’’, destacou.
Ao final do encontro, os estudantes construíram uma agenda de reivindicações que incluem o aumento do número de bolsas, assistência estudantil permanente, creches universitárias e um calendário de lutas em defesa da educação com recorte racial e social. Segundo Geyse, todas essas pautas serão cobradas da reitoria da universidade.
PRÉ-ENUNE RIO
No Rio de Janeiro, o encontro ocorreu no sábado dia 28/3 na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Na pauta estavam o debate sobre a redução da maioridade penal, com o tema ‘’Mais escolas, menos cadeias’’, e o combate ao extermínio da juventude negra.
‘’Nós sabemos que essa redução da maioridade penal em discussão no país tem uma cor, uma raça, um endereço certo. Ela servirá a pessoas negras que moram na favela. É mais fácil colocar policia no morro do que levar educação de qualidade para a juventude. Esse foi um assunto que exploramos muito no nosso Pré-Enune’’, contou a diretora de combate ao racismo da UEE-RJ, Luci Souza.
Oficinas de turbantes e cartazes também foram realizadas durante o encontro.
‘’A cultura da mulher negra teve destaque em nossas atividades. Trouxemos para o centro do debate a identidade dessa mulher, mostrando duas raízes. Nós que tivemos nossos cabelos alisados durante tanto tempo precisamos nos definir como mulheres negras’’ enfatizou Luci.
Da Redação

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