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terça-feira, 7 de abril de 2015

UBES PARTICIPA DE FÓRUM NA TUNÍSIA E REPUDIA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL

Em edição que aconteceu na África, secundarista brasileiro relembra o papel dos movimentos sociais para impedir a criminalização da juventude
A UBES participou da 14ª edição do Fórum Social Mundial realizado na Tunísia, na África, de 24 a 28 de março. Com o lema “Dignidade, direitos e liberdade”, mais de 4 mil organizações de 118 países participaram do evento.
Durante os quatro dias do evento e outros dois dedicados exclusivamente ao Fórum de Mídia Livre, militantes de movimentos sociais, sindicais, organizações não governamentais e sociedade civil se reuniram no processo conjunto de refletir como promover a construção de agendas comuns de enfrentamento. Foram realizadas mais de mil atividades.
Durante o debate “Educação de Jovens e Direito dos Povos”, o secundarista Clauderson Santos, diretor da UBES no Acre, representou o movimento estudantil brasileiro e destacou a grande luta travada historicamente contra a redução da maioridade penal no Brasil.
“Falamos do posicionamento da UBES contra a PEC 171 que está em tramitação no Congresso Nacional, colocamos a importância dos movimentos sociais estarem unificados dentro deste processo. A luta é contra o retrocesso, em todos os países a juventude precisa de comida, diversão e arte”, afirmou.

PELA PAZ E DEMOCRACIA

O fórum reuniu cerca de 60 mil pessoas.  Sob o slogan “Povos do Mundo Unidos contra o Terrorismo”, a tradicional marcha de abertura no dia 24, em Túnis, capital da Tunísia, levou a mensagem de solidariedade às famílias das vítimas do ataque ao Museu do Bardo, que matou 22 pessoas no dia 18 de março, e de repúdio ao terrorismo.
 “Essa marcha, além de pedir mais paz também, levantou bandeiras como o enfretamento ao racismo, xenofobia, homofobia e o machismo. A soberania de cada país foi defendida, além de expressar a luta unificada por uma educação pública, gratuita e de qualidade”, conta Clauderson.
O antropólogo Alaa Talbi, membro do Fórum Tunisiano de Direitos Econômicos e Sociais e um dos organizadores do comitê local do FSM, relembra a importância da realização do fórum no país.
“Creio ser importante para dar energia ao movimento civil tunisiano, muitos movimentos sociais surgiram no país a partir do primeiro fórum e ajudaram na transformação da sociedade”, disse.
A Tunísia é considerada o berço da Primavera Árabe que vive um momento de consolidação da democracia, passando por uma série de levantes populares que derrubou governos autoritários na região. No ano passado aconteceu a eleição presidencial, a primeira vez desde 1956 que a população escolheu livremente o presidente do país.
O documento final do FSM trouxe como lema a importância da pluralidade e reafirmou o engajamento pela construção de uma estratégia comum de enfrentamentos contra o capitalismo, sinalizando em especial os seguintes tópicos, os quais terão ações de mobilização mundial:
- Contra as transnacionais e o sistema financeiro.
- Pela justiça  climática e pela soberania alimentar.
- Violência contra a mulher.
- Pela paz e contra a guerra, o colonialismo e as ocupações de militarização nos territórios.
- Pela democracia das mídias de massa e a construção de mídias alternativas.
- Pela resistência e pela solidariedade.
Da Redação, com Agência Brasil

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