Cerca de 69% dos entrevistados querem melhorias na estrutura de suas escolas
Por todo o país, os secundaristas brasileiros organizam nos meses de março e abril a Jornada Nacional de Lutas em defesa do Ensino Técnico, que neste ano traz como temas a assistência estudantil, o passe livre no transporte público e o bandejão nas escolas. Sinalizando as principais reivindicações que tem mobilizado desde escolas técnicas a institutos federais, a UBES divulga nesta segunda-feira (13/04) o resultado parcial da pesquisa.
A pesquisa foi realizada através de questionários respondidos pelos estudantes que participaram do 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas da UBES, o ENET, que aconteceu em fevereiro, no Rio de Janeiro. Os cerca de 1.700 secundaristas que estiveram no evento responderam as perguntas sobre a situação estrutural das escolas e institutos técnicos, qualidade do ensino e políticas de permanência e pesquisa.
PERFIL DOS ENTREVISTADOS
Os estudantes que participaram da pesquisa são de diversas regiões do Brasil, sendo em sua grande maioria do Nordeste (33%), Sul (32%) e Sudeste (21%).
ESTRUTURA
Sobre a situação da estrutura das instituições onde estudam — foram avaliadas escolas públicas de educação técnica, privadas e da rede federal —, boa parte dos secundaristas querem melhorias nas condições físicas, sendo que 69% afirma haver obras inacabadas em seu campus.
Chamadas de “saunas de aula”, em alusão ao calor das salas, 11% dos estudantes afirmaram não haver nenhum tipo de climatização nas escolas, sendo que 28% possuem apenas ventiladores. Outras necessidades apontadas foram a falta de bebedouros (37%) e a ausência de quadras para prática de esportes (24%).
Na era da tecnologia, os dados são mais positivos para a disponibilidade de computadores para os estudantes, onde 60% tem acesso nas escolas, porém, uma parcela de 31% afirma ser necessário aumentar o número de máquinas.
RUMO À JORNADA NACIONAL DE LUTAS
Segundo o diretor de Escolas Técnicas da UBES, Fillipe Matias, o ENET serviu como radar para identificar a opinião dos secundaristas, que durante o encontro representaram escolas técnicas públicas, privadas e o total de 280 institutos federais.
“Realizamos encontros regionais para captar mais pautas, como por exemplo os que aconteceram no Paraná, no Rio de Janeiro e a etapa do encontro no norte, no Acre. Todas as demandas foram apresentadas no ENET e agora culmina na Jornada em defesa do Ensino Técnico”, destaca Matias. “A maioria dos estudantes estão se mobilizando pela construção de restaurantes universitários e a construção de um plano nacional de assistência estudantil específico para rede federal de educação profissional e tecnológica”, conclui.
Nas próximas semanas, a UBES divulgará os dados sobre condições de acesso às escolas através de ônibus, passe livre e bolsas de assistência estudantil e pesquisa.
Da Redação.- UBES
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