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sábado, 30 de maio de 2015

ESTUDANTES DOS IFS LEVAM DEBATE DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL AO FÓRUM MUNDIAL

Juventude destacou a importância de ampliar as políticas de permanência para o ensino médio integrado
A pauta de assistência estudantil como política de permanência na vida escolar dos estudantes da rede técnica ganhou atenção na agenda de debates do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que acontece no Recife​. Os secundaristas participaram de duas mesas que traçaram perspectivas sobre o assunto.

Na terça-feira (27), a mesa redonda “Assistência Estudantil sob um olhar multiprofissional” tratou de esclarecer que não se trata de uma política meramente assistencialista, baseada apenas no pagamento de ajuda de custo.

 “Os debatedores esclareceram que dentro da assistência há a demanda da interação da instituição de ensino com o estudante, o cuidado com sua saúde física e psicológica, junto com o acompanhamento da vida desses jovens durante toda permanência na escola”, apontou a presidenta do grêmio do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES-Vitória), Pietra Carolina.

Nessa discussão, a líder estudantil chamou atenção para o Plano Nacional de Educação (PNE). Ela afirma que por não incluir o ensino médio integrado, o gargalo da evasão escolar atinge essa parcela da educação técnica que não é atendida pela assistência. “É uma discussão importante que precisa ser inserida nas metas do projeto de lei, precisamos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para pressionar pela inclusão no IF, aumentando a qualidade da educação”, argumentou.

Assistência é bandeira prioritária

Nesta sexta-feira​, 29, último dia de atividades do Fórum, a palestra “Como Garantir as condições de permanência e conclusão na Educação Profissional e Tecnológica” deu continuidade à conversa com os participantes do evento.

“Discutimos no Fórum a nova grade que inclui a psicologia e a nutrição no campo da assistência estudantil. Falamos sobre os programas de incentivo e valorização da produção científica e tecnologia”, lembrou o estudante do IFES-Santa Teresa, Thiago Soares.

A UBES, que vem amadurecendo cada vez mais a conversa sobre o papel desta política pública para permanência e formação de milhões de estudantes do setor, identificou que este é um item a ser priorizado na luta por mais investimentos no ensino técnico.

O posicionamento da entidade é resultado dos dados da pesquisa realizada com 1.700 secundaristas que participaram do 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET). A pesquisa apontou que 39% desses estudantes não conhece ou não tem acesso às bolsas de iniciação científica. Outros 22% afirmar que a assistência estudantil é insuficiente.

Na análise sobre condições de acesso aos campi, em que 72% dos entrevistados disseram necessitar de ônibus para chegarem às aulas, 76% diz não possuir passe livre em suas cidades, 48% das escolas não dispõem de transporte escolar e outros 14% não contam com ônibus a serviço da instituição.

“Muitas pessoas estão fora da escola e procuram o IF em busca de uma educação melhor, mas muitas vezes não tem condições de se manter. É o auxílio estudantil que ajudará a manter ele dentro da escola, desde o acompanhamento psicológico para aqueles que não estão acostumados com o ritmo dos estudos à pauta da moradia estudantil, que também precisa ser incorporada”, pontuou Thiago.

Fonte: UBES

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