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domingo, 7 de novembro de 2010

2º CONGRESSO NACIONAL DA CONLUTAS ABE TRABALHOS COM PRESENÇA DE LUTADORES DE TODO O PAÍS

Abertura oficial
Com o auditório lotado, o 2° Congresso Nacional da Conlutas teve início às 20h desta quinta-feira, dia 3, no centro de Convenção Mendes, em Santos/SP.

Os representantes da coordenação nacional da Conlutas Atnágoras Lopes e Neida Oliveira deram início aos trabalhos, chamando os convidados para compor a mesa de abertura. Representantes do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, MTL, Intersindical, MTST, MAS, Pastoral Operária, Cobap, Anel, PSTU, PCB, PSOL e delegações internacionais foram recebidos sob aplausos das centenas de delegações presentes.

Atnágoras iniciou a saudação ao 2º Congresso da Conlutas afirmando que este não era apenas mais um evento. Mas que o encontro que começa nesta quinta é a expressão do esforço e da luta de todos aqueles que resistiram e se mobilizaram contra os ataques dos patrões e do governo. Mencionou desde a construção civil aos servidores públicos em luta, estudantes e docentes em defesa da Educação, entre outras mobilizações, das quais a Conlutas participou juntamente com os trabalhadores de inúmeras categorias do país nos últimos anos. “Este congresso é a continuidade dessa história. Um passo à frente nessa caminhada que vai desembocar num projeto para unificar todos aqueles que lutam nesse país contra as mazelas do capital”, disse.

O dirigente da Conlutas levantou o plenário ao abrir oficialmente o Congresso apontando as perspectivas de unificação com outras entidades que acontecerá no Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, nos dias 5 e 6. “Está aberto o Congresso da Conlutas. Avante companheiro, um passo adiante”. O público entusiasmado deu seu primeiro de “grito de guerra”, que ecoou no plenário: “Eu sou Conlutas, sou radical, não sou capacho do governo federal”.

Saudações - Os representantes de cada entidade e organizações presentes na mesa de abertura também fizeram sua saudação ao congresso.

Nas falas, muito entusiasmo e emoção ao abordarem um breve balanço dos seis anos de existência da Conlutas, o reconhecimento do papel da central sindical e popular na vanguarda da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra os ataques dos patrões e dos governos. E, acima de tudo, do esforço pela unidade desempenhado pela CONLUTAS desde o início de sua existência.

Representando a Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, destacou o importante momento da luta de classes em todo o mundo e o desafio dos congressos da Conlutas e de Unificação diante deste cenário. “Enquanto as centrais governistas fizeram um evento para apoiar o governo Lula e o atual modelo econômico que explora e oprime a classe trabalhadora, nós estamos aqui para avançar e fundar um novo instrumento de luta nesse país”, disse.

Pelo MTL (Movimento Terra e Liberdde), João Batista falou dos ataques do capital à classe trabalhadora e aos oprimidos e principalmente do processo de criminalização dos movimentos sociais que o governo tem imposto aos que lutam por melhores condições de vida no país. “A Conlutas desde seu início fez todo um esforço em busca da unidade, para fortalecer as lutas e mobilizações de diversas categorias e setores”, disse.

Militante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Helena, fez um discurso que emocionou a todos quando falou da importância para Conlutas para a organização da qual faz parte. “Desde que a Conlutas existe, nós temos ficado menos sozinhos. Isso não desfaz as diferenças existentes, mas nos dá a confiança de que se um cair o outro continuará”.

Internacionalismo proletário - O ponto alto e mais emocionante da abertura foi quando Dirceu Travesso, o Didi, reforçou a importância da tradição do internacionalismo da classe operária principalmente nesta época de globalização. Em seguida, chamou para frente do palco toda a delegação estrangeira que já estava no local. Representantes de entidades e organizações da Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Bolívia, Chile, Japão, Alemanha, Galícia, Suíça, Espanha, Estados Unidos, Haiti, Peru, Portugal, Rússia, México.

Cada um que chegava a frente do palco era recebido com aplausos esfuziantes. Ao final, todos em pé, de punhos cerrados, clamaram: “Brasil, Europa, América Central, a classe operária é internacional”.

Ainda faltam chegar para o congresso representantes da Grécia, Honduras, Índia, Panamá, Venezuela e Costa Rica.

Os representantes do Haiti, Japão e Espanha também saudaram ao congresso em nome das delegações estrangeiras.

Após as saudações foi apresentado o regimento do congresso para debate na manhã seguinte. Cansados após longas horas de viagem, mas com o ânimo renovado pela consciencia da importancia dos debates que estão por vir nos próximos dias e do acontecimento histórico que estes congressos significam, todos saíram do plenário prontos para a manhã desta sexta-feira.

Ana Cristina Silva e Claudia Costa.  Fonte: site da CONLUTAS.

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