A UNE terá participação destacada na conferência, coordenando o eixo “Juventude e Desenvolvimento”
Compartilhar as visões, críticas e sugestões sobre o desenvolvimento do Brasil, além de aproximar esse tema de toda a sociedade são os objetivos de uma iniciativa histórica do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), que chega à sua segunda edição entre os dias 23 e 25 de novembro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília (DF). A Conferência Nacional do Desenvolvimento reúne especialistas da área, movimentos sociais, representantes da universidade e de outros espaços a fim de discutir os nortes para o futuro do país. A UNE terá participação destacada na conferência, coordenando o eixo “Juventude e Desenvolvimento”.
Segundo o representante do Ipea e coordenador da Conferência, Daniel Castro, é fundamental que “todos os atores relacionados ao desenvolvimento do Brasil estejam, em algum momento, debatendo em conjunto”. A Conferência pretende, também, ter um papel pedagógico sobre o que vem a ser desenvolvimento. “Essa é a função do Ipea, iremos reunir pessoas de diferentes correntes e reproduzir isso de forma multidisciplinar”, explica Castro.
Parte do encontro permitirá que a sociedade em geral, de todas as idades, visite instalações, projeções, de forma a conhecer indicadores, pesquisas e modelos de desenvolvimento. Entre os temas debatidos estarão infra-estrutura, sustentabilidade ambiental, macroeconomia, proteção social, fortalecimento da democracia, política externa, garantia de direitos e oportunidades.
Para se inscrever e participar da Conferência é necessário acessar o site do IPEA.
UNE, JUVENTUDE E DESENVOLVIMENTO
Responsável por todos os debates e atividades ligadas à juventude na 2ª Conferência do Desenvolvimento, a UNE receberá outras entidades, pesquisadores e convidados dessa área para trocarem suas experiências e discutir propostas. “A UNE tem uma atuação legítima como representante dos estudantes do país e encaixa-se nesse eixo, nós já queríamos incluir o tema também devido à atuação do Ipea na área”, afirma Daniel Castro.
Segundo ele, o projeto baseia-se nas pesquisas do Intituto sobre os jovens e sua relação com o país. Recentemente, o Ipea publicou um livro com 18 tópicos ligados à juventude. Na conferência, o eixo coordenado pela UNE resumirá o debate em quatro grandes temas centrais: “PNE: Educação, Desenvolvimento de Trabalho”; “O Brasil da década à luz da crise financeira”; “O Estatudo da Juventude” e “Cultura Digital e Políticas Públicas”.
Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, o tema do desenvolvimento é cada vez mais presente na vida dos jovens e, em especial, dos universitários: “A UNE tem compreendido que esta é uma discussão central, que envolve todas as áreas do conhecimento, e que é especificamente simbólica quando temos pouco mais de 10 anos para o bicentenário da independência do Brasil”, ressalta.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EIXO " JUVENTUDE E DESENVOLVIMENTO "
Dia 23/11 – quarta-feira
- 14h30 – Debate PNE: Educação, Desenvolvimento de Trabalho (espaço Eixo da Juventude)
Dia 24/11 – quinta-feira
- 10h30 – Debate O Brasil da década à luz da crise financeira (espaço Eixo da Juventude)
- 16h30 – Conferência Livre de Juventude debate o Estatudo da Juventude (espaço Eixo da Juventude)
Dia 25/11 – quinta-feira
- 14h30 – Debate Cultura Digital e Políticas Públicas (espaço #arenacode)
A UNE E O TEMA DO DESENVOLVIMENTO
A primeira grande colaboração da UNE para as políticas de desenvolvimento do Brasil aconteceu na década de 50, com a campanha “O Petróleo é Nosso”. Durante aquele período, discutia-se a entrega desse patrimônio mineral do país a empresas estrangeiras, proposta que teve forte oposição dos estudantes, com grandes passeatas e atos públicos. A proposta foi derrotada e, alguns anos depois, foi criada a Petrobrás.
No início dos anos 60, a UNE foi referência no movimento das forças populares que defendiam as chamadas Reformas de Base para o país, um conjunto de medidas para promover o desenvolvimento humano no campo, nas cidades, nas escolas e universidades. Já na década de 90, a luta dos estudantes foi contra as privatizações dos setores estratégicos nacionais, principalmente seus recursos minerais.
Atualmente, a UNE aposta todas suas fichas na melhoria da educação pública como chave para o verdadeiro desenvolvimento do Brasil. Segundo a entidade, para superar os problemas históricos e estruturais do país, é imprescindível garantir 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para serem investidos, exclusivamente neste setor.
Artênius Daniel/UNE
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