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sexta-feira, 9 de março de 2012

PROFESSORES APROVAM GREVE NO DF POR AMPLA MAIORIA

Estudantes participam de assembleia e apoiam a paralisação

Na manhã da última quinta-feira (08), milhares professores da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF) decidiram em assembleia, por ampla maioria, entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (12) por tempo indeterminado. Os professores exigem equiparação média salarial com outras carreiras de ensino superior do próprio governo.

Os professores e diretores reforçaram durante a assembleia que a greve era a última opção a qual recorreram, e outros canais de negociação foram tentados anteriormente, sem sucesso. Desde novembro eles se encontravam em contagem regressiva para a votação do indicativo de greve, e durante esse período o GDF não teria apresentado nenhuma proposta.

A lei que instituiu uma remuneração mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas ainda hoje causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos para pagar o piso, especialmente agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o valor para 2012 – R$ 1.451 -, com um reajuste de 22%.

Apoio dos estudantes

A Polícia Militar calcula que cerca de doze mil pessoas participaram da assembleia em frente ao Palácio do Buriti. Mais de 200 estudantes de escolas públicas e do movimento estudantil também estiveram no local como forma de apoio aos professores.

“Essa reivindicação é muito antiga aqui em Brasília. Queremos abraçar a causa dos professores porque, além de sermos os maiores prejudicados com a greve, entendemos que a educação é prioridade no Brasil e a valorização dos nossos mestres é fundamental nesse sentido. As escolas aqui no DF estão sucateadas, foram fechados laboratórios e salas de aula. Houve um regresso visível na qualidade de ensino e isso vai na contramão do projeto que queremos para o Brasil”, avaliou Patrícia Matos da Silva, diretora da UNE no planalto central.

O movimento estudantil entende que a educação é o carro-chefe para que o desenvolvimento do Brasil aconteça de forma justa e igualitária. A aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal são bandeiras defendidas pela UNE para que esses recursos sejam investidos  prioritariamente nesse setor. O dinheiro investido deve ser destinado para a melhoria da estrutura das escolas, pagamento de salário digno aos professores, excelência do ensino público na periferia das cidades e nas zonas rurais de todos os municípios, além da ampliação do acesso e da qualidade nas universidades para todas e todos.

Patricia Blumberg-UNE

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