No dia 8 de Março de 2012 – Dia Internacional da Mulher, as palavras de ordem em defesa da autonomia e emancipação feminina ecoaram pelas ruas do centro de São Paulo com a Marcha das Mulheres que reuniu cerca de 5 mil pessoas. A UBES e mais de cem entidades de movimentos sociais, sindicais e populares formaram a Marcha organizada por estudantes, trabalhadoras, chefes de família, costureiras, professoras, mulheres do campo e demais personalidades femininas que levaram às ruas as bandeiras de luta de toda mulher brasileira.
A concentração do ato aconteceu às 14 horas no Marco Zero da cidade, na Praça da Sé. Antes de iniciar a caminhada, a deputada Leci Brandão questionou a morte de muitas mulheres vítimas de violência, defendendo a participação das presentes nas eleições 2012. “Cadê a Secretaria da Mulher no Estado de São Paulo? Essa praça já esteve lotada, e onde estão as mulheres que estavam aqui? Não adianta muito discurso, precisamos dar o poder à elas nas Câmaras Municipais, precisamos delas nas próximas eleições”, afirmou.
As ruas ganharam cor com as diversas cores que cada movimento levou ao ato pacífico que parou importantes ruas de acesso na capital paulista, como conta a presidente da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB no Estado, Arlete Miranda. “Dia 8 é o único dia que sobra para as mulheres se unirem e reivindicarem suas lutas, assim como vemos aqui as jovens estudantes pedindo o passe-livre para ter acesso à formação, bolsa de estudo para e contra toda forma de discriminação contra a mulher. Este é o dia de colocar a boca no trombone”, disse.
A luta pela emancipação feminina no ano em que as mulheres completam 80 anos de conquista do voto foi um dos apontamentos da secretária da União Brasileira de Mulheres (UBM), Solange Carneiro. “A expectativa de atos como este é emancipar as mulheres, trazendo as trabalhadoras e também os homens para comemorar o 8 de março. Precisamos nos empoderar para votar, esta é a importância da união dos movimentos sociais como vimos na Marcha, fazendo da luta das mulheres a luta de toda a sociedade”.
UBES E SUAS JOVENS MULHERES
Com bonecas nas mãos representando a mulher chefe de família, educadora e exemplo aos próprios filhos, as secundaristas seguiram com fortes palavras de ordem em nome da presença das mulheres nos espaços de poder, por mais creches e redução da jornada de trabalho. Contando com as inúmeras bandeiras já levantadas pela UBES, foi uma vitória histórica estar na linha de frente da luta contra o machismo e a favor da autonomia e emancipação feminina, como contou a diretora de mulheres da entidade, Larissa Lorena. “A UBES ter participado dessa Marcha histórica, em que as mulheres unidas vão às ruas, é um fator de extrema importância. Propomos mudanças na sociedade como um todo, pois as estudantes comporam mais um movimento que integra todas as lutas das mulheres brasileiras”, diz contente.
O mesmo afirma a Secretária Nacional da Marcha das Mulheres, Nalú Farias que defende o 8 de Março como o dia mais importante do calendário para as mulheres, quando são colocadas em pauta as discussões de gênero, aborto, a violência contra a mulher e a real necessidade de romper com a família patriarcal. “Essa é a nossa principal data, organizamos e dirigimos todo movimento, no qual mostramos a nossa voz nesta luta que batalhamos o ano todo para que acontecesse. A Marcha tomando as ruas é nossa plataforma geral, daquilo que queremos para o mundo, não só por direitos, mas em nome de uma transformação social”, disse Nalú
A caminhada que foi encerrada na Praça da República, em frente à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo passou por pontos referenciais como o Pátio do Colégio, Secretaria da Habitação, Teatro Municipal e a Prefeitura de São Paulo. Veja abaixo a fala da presidente da UBES, Manuela Braga em frente à prefeitura durante o ato.
Fonte: UBES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário