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sexta-feira, 9 de março de 2012

TARDE FEMINISTA NO CENTRO DE SÃO PAULO REÚNE MILHARES DE PESSOAS

UNE estava presente para celebrar a data; entidade briga por creches nas universidades

Sol escaldante e muitas cores transformaram as ruas do centro da cidade de São Paulo no palco de mais uma grande manifestação popular pelos direitos das mulheres. A concentração para a marcha do Dia Internacional das Mulheres começou às 14h, em frente à Catedral da Sé, quando milhares de mulheres e homens, de todas as idades e vindos de diversas regiões do país, entoavam as palavras de ordem do movimento feminista.

Estavam presentes representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), das mulheres de Pinheirinho, das centrais sindicais, dos movimentos de mulheres e das entidades do movimento estudantil, cada qual com sua respectiva bandeira, mas unidos em torno de uma reivindicação comum: a construção de uma sociedade mais democrática e igualitária para todos.

“Estamos aqui para tornar visível que a gente vive ainda uma situação de extrema desigualdade, as mulheres ainda sofrem violência de seus maridos e de seus companheiros. Viemos exigir uma mudança real e concreta na vida das mulheres”, disse Camila Furchi, da Marcha Mundial das Mulheres.

De cima do carro de som, o tom da marcha, ainda na concentração, foi dado pela sambista e atual deputada estadual pelo PCdoB, Leci Brandão: “Nós somos a maioria no censo, mas a minoria no poder. Obrigada pelo voto de confiança a mim dado, estou brigando pelas mulheres!”, disse. A partir daí, a passeata tomou os pontos históricos da cidade de São Paulo. Da Praça da Sé, seguiu até o prédio da Prefeitura, passando pelo Mosteiro de São Bento e pelo viaduto do Chá, e, cerca de três horas depois, foi encerrada na Praça da República.

Campanha por creches nas universidades

No meio da multidão de tom predominantemente lilás, a cor do movimento de luta das mulheres, ao ser indagado sobre ser feminista ou não, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, não hesitou: “Sou. E a UNE também é”. A entidade, atualmente, tem no centro de suas pautas a luta pela construção de creche nas universidades e o combate à violência contra mulher. Reivindicando a criação de creches nas universidades, todas as meninas da UNE, durante todo o ato, carregaram bonecas de brinquedo.

Do alto do carro de som, a diretora da UNE, Maria das Neves, ressaltou a importância da passeata, do dia 8 de março e da campanha dos estudantes:  “Boa tarde mulheres guerreiras de luta! A mulher brasileira ainda trabalha segurando seus filhos, ainda estuda segurando seus filhos! A luta pela creche é fundamental!”, ressaltou.

A União Brasileira dos Estudantes (UBES) também esteve em peso na manifestação. Aplaudida pelos manifestantes, a presidenta da entidade, Manuela Braga, também ressaltou a importância da criação de creches para as mães estudantes e trabalhadoras: “Mais mulheres poderiam ocupar postos de trabalho, mas estão marginalizadas porque o governo do Estado não oferece creches”.

Fonte: UNE

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