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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Servidores do Deoclécio terão audiência nesta quinta-feira

Três servidores do Centro Cirúrgico estão respondendo em um processo criminal por terem participado de protesto .
Nesta quinta-feira, dia 01 de junho, três servidores do Hospital Deoclécio Marques terão a primeira audiência judicial para se defender da acusação de ‘abandono de posto de trabalho’, feita por um médico, que integra a direção do hospital. Os servidores estarão acompanhados de advogados do Sindsaúde e diretores do sindicato. Levarão um dossiê sobre o caso e um abaixo-assinado, com a solidariedade dos colegas do hospital, pedindo a retirada do processo.
Para o Sindsaúde-RN, trata-se de uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais e de intimidar todos os servidores públicos da saúde.  “Temos que acabar com esse processo. Em Brasília, fazem aquela repressão absurda. E aqui, não querem que a gente vá a um ato pedir vigilante. Um absurdo. Nossa luta não é caso de polícia”, protesta João Assunção, diretor do sindicato.
No dia 16, o sindicato promoveu um ato no hospital. Dias depois, em audiência com o secretário estadual de Saúde, George Antunes, o sindicato conseguiu o compromisso de que a Sesap enviaria um documento para a direção da unidade, recomendando que o assunto saisse da esfera criminal e passasse ao âmbito administrativo, da Secretaria.


ENTENDA O CASO
Em 2016, durante mais de três meses, o Deoclécio permaneceu sem nenhum vigilante. O clima era de medo, com os servidores sofrendo ameaças, agressões, com casos de assédio sexual e até ameaças com facas. O controle da portaria era feito por um maqueiro. À noite, o acesso era livre.
No dia 08 de novembro, os servidores realizaram um ato público com o Sindsaúde na frente do hospital, com ampla cobertura da imprensa. Em seguida, reuniram-se com a direção do hospital e o Coren e cobraram uma solução. Parte dos servidores permaneceu parada, na sala da direção, aguardando resposta da Sesap. Ao final, conseguiram uma solução parcial, com um vigilante à noite.
Mas, para o médico Leonardo Souza Barros, diretor técnico do hospital, os servidores cometeram um crime ao participar do protesto. Ele registrou um boletim de ocorrência na delegacia policial contra três servidores do Centro Cirúrgico, que saíram para participar do ato e do movimento. A denúncia é “abandono de posto” de trabalho e o Ministério Público é co-autor na ação judicial.
Fonte: SINDSÁUDE/RN

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