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segunda-feira, 19 de junho de 2017

UNE retomará luta pela reforma universitária

por Natália Pesciotta.
Plenária no ginásio Mineirinho, com 10 mil estudantes, escolhe lutas e desafios do movimento estudantil para educação nos próximos anos
Neste sábado (17/6), o Congresso da UNE em Belo Horizonte teve o primeiro dia da sua plenária final em Belo Horizonte, no ginásio do Mineirinho, para definir os próximos caminhos da entidade. Para a educação, o segundo de três temas debatidos, ficou aprovado texto que reconhece ameaças graves para o ensino superior público. O documento aponta a resistência contra retrocessos e o a retomada da reforma universitária iniciada com a democratização do acesso no último período.
Para os estudantes, o limite de gastos colocado pela PEC do Fim do Mundo, atual Emenda Constitucional 95, torna impossível um projeto para educação pública e de qualidade. “Praticamente todas as metas do Plano Nacional de Educação ficam imediatamente inviabilizadas, especialmente a que propõe 10% do PIB para a área”, diz documento aprovado.
A UNE reforçou a oposição à atual reforma do Ensino Médio e ao projeto Escola Sem Partido. Para universidade pública, o documento frisa que “é urgente a construção de um plano de reestruturação das universidades estaduais”. Quanto às particulares, que concentram maior parte das matrículas, exige fim das disciplinas online obrigatórias, ampliação e aprimoramento dos programas Prouni e Fies: “O governo precisa cobrar melhores contrapartidas de qualidade dessas instituições que lucram com investimentos públicos”. Também ficou definida como luta da UNE a “mudanças nos projetos políticos pedagógicos dos cursos e a democratização das instâncias internas das instituições”.

PROPOSTAS

Para a resolução de educação, foram apresentadas seis propostas de textos. A escolhida pelos delegados presentes no Mineirinho, por contraste visual, foi a sexta. A maioria das outras cinco propostas também destacavam a ameaça do limite de gastos aprovado ano passado para melhoria da educação.
Algumas propostas defenderam reforma universitária com fim imediata universalização do acesso à universidade pública e fim dos vestibulares, alternativas ao Fies e ao Prouni, e a criação de um projeto de universidade popular.
UNE

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