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domingo, 24 de outubro de 2010

10 MIL PESSOAS TOMAM AS RUAS DO RIO DE JANEIRO EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PELA CONTINUIDADE DO GOVERNO LULA

10 mil pessoas participaram do ato
A principal avenida do centro da cidade do Rio de Janeiro, a Avenida Rio Branco, foi tomada por 10 mil pessoas que se manifestaram em defesa do patrimônio público e da soberania nacional, na quinta-feira (21). Os manifestantes convocados pelas Centrais Sindicais, movimentos sociais, entidades estudantis e Federação Única dos Petroleiros (FUP) rechaçaram as declarações do assessor da área energética de José Serra, David Zylbersztajn, favoráveis à privatização do pré-sal. Exibindo faixas, cartazes e bandeiras, os manifestantes entoaram a palavra de ordem “Não, não, não à privatização. O petróleo é nosso e não abrimos mão!” ressaltando que o pré-sal é do povo brasileiro e não das multinacionais. Pediram votos à candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, para o Brasil continuar mudando, com fortalecimento do Estado e justiça social.

A concentração foi em frente à Igreja da Candelária. Trabalhadores rurais, metalúrgicos, bancários, da construção civil, dos estaleiros e de outras categorias se juntaram aos petroleiros do Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Amazonas, Minas Gerais e aos funcionários da Petrobrás. Todos trajados e exibindo orgulhosamente o uniforme da estatal.
FUP
Ato foi convocado pelas Centrais Sindicais, movimentos sociais, entidades estudantis e FUP

“O movimento sindical conclamou todos os trabalhadores a votarem em Dilma para dar continuidade ao processo de mudança iniciado pelo presidente Lula. As Centrais Sindicais e os trabalhadores brasileiros nunca estiveram tão unidos em toda a sua história. No último dia 1º de junho realizaram a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, com a participação de 25 mil pessoas no estádio do Pacaembu, em apoio às mudanças ocorridas nos últimos oito anos promovidas pelo governo Lula que deu 54% de aumento real ao salário mínimo, gerou de 14 milhões de emprego e barrou as privatizações”, disse o secretário-geral da CGTB, Carlos Alberto Pereira, durante seu discurso.

Na Avenida Chile, onde ficam localizados a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, os manifestantes deram continuidade ao ato se posicionando contra o retrocesso, uma vez que o governo dos tucanos que foi marcado por privatizações, arrocho salarial, desemprego, ataques a direitos trabalhistas, submissão ao FMI e criminalização dos movimentos sociais.

Pereira lembrou que Serra era o chefe da privatização de Fernando Henrique e que “seu projeto é entregar nossas empresas para o capital estrangeiro, da mesma forma que fez com as empresas de telefonia que foram privatizadas e hoje apresentam uma das tarifas mais caras do mundo, oferecendo um serviço de péssima qualidade. Se dependesse do Serra, a Petrobrás tinha sido privatizada quando ele era ministro do Planejamento e o Brasil não tinha descoberto o pré-sal. Se ele parar de mentir e dizer a verdade, que o programa dele é voltar a privatizar, é capaz de ir até para cadeia”.

“Este é um ato histórico para o futuro do Brasil. O que está em jogo nesta eleição é o futuro dos nossos filhos e netos. Por isso, os trabalhadores estarão nas ruas até dia 31, manifestando-se contra o retrocesso e a volta das privatizações. Lula e Dilma levaram oito anos para colocar o Brasil lá em cima. Não vamos permitir que a direita empurre o país Serra abaixo”, enfatizou o presidente da CUT, Artur Henrique.

O presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, ressaltou que “no governo FHC, as encomendas da Petrobrás eram feitas no exterior. Hoje, são os nossos metalúrgicos que constroem as plataformas e navios petroleiros”.

“Estamos neste ato histórico nos manifestando contra aqueles que promoveram o maior projeto de privatização do planeta. Os mesmos que pretendem privatizar o pré-sal, a maior descoberta petrolífera dos últimos 30 anos”, denunciou o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, lembrando que Zylbersztajn foi diretor geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), no governo FHC, e um dos mais ferrenhos defensores da privatização da Petrobrás. “Para ele e seu partido PSDB, o pré-sal deve ser explorado com base no atual modelo de concessão, que entrega às empresas privadas a propriedade de todo o petróleo e gás descobertos. O assessor de Serra também é contra o fortalecimento da Petrobrás e já anunciou que o posicionamento dos tucanos é que a estatal não seja operadora única do pré-sal”, acrescentou.

A manifestação foi encerrada com um abraço simbólico ao prédio da Petrobrás, formando um imenso cordão humano ao som do Hino Nacional. Pela direção da CGTB, também estiveram presentes o vice-presidente em exercício da CGTB-RJ, José Juvino; o tesoureiro da CGTB-RJ, Leandro Costa; e José Mauro, 1º secretário da CGTB-RJ.

As entidades que organizaram o ato foram CGTB, CTB, Força Sindical, FUP, UNE, UBES, Sindipetro-RJ, MST e Via Campesina. Fonte: site da CGTB.

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