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terça-feira, 15 de abril de 2014

DILMA SE REÚNE COM MOVIMENTOS JUVENIS E UNE COBRA APROVAÇÃO DO PNE

Várias representantes de organizações e movimentos participaram da audiência
Nesta quinta-feira (10/04), em Brasília, a Presidenta Dilma Rousseff recebeu em audiência representantes dos movimentos juvenis. Durante a audiência discutiram algumas demandas a UNE, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Passe Livre, Marcha Mundial das Mulheres, Conjuve, Movimento Negro e MC Chaveirinho.
“É muito interessante o governo se reunir com movimentos de juventude poucos dias após os 50 anos do golpe, mostra que a nossa democracia hoje é outra”, ressaltou a presidenta da UNE, Vic Barros.
De acordo com a representante dos estudantes em sua fala com a presidenta ela lembrou da necessidade da aprovação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE) em tramitação desde 2011 com a destinação de 10% do PIB para educação pública. “Além disso, também destaquei a ameaça da desnacionalização das universidades privadas no nosso país”, afirmou.
A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Bárbara Melo, também participou da audiência e  igualmente destacou a abertura de diálogo com a juventude. “É muito importante a Presidência da República ter ouvido as nossas manifestações, esclarece que estamos construindo encaminhamentos para as nossas pautas e que elas não irão parar por aqui”.
REFORMA POLÍTICA E LEI ANTITERRORISMO 
A reforma política também foi assunto da reunião. O plebiscito popular pela reforma política, tema que se destacou nas manifestações de junho do ano passado, foi ressaltado pela presidenta.
Em 2013, após as manifestações de junho, Dilma sugeriu um plebiscito sobre a reforma política, mas a proposta não foi adiante no Congresso. Segundo relatos de participantes da reunião, Dilma afirmou que “o momento eleitoral é de discutir a reforma política e é preciso que os movimentos sociais pautem essa reforma”.
Porém, a presidenta alegou não existir unidade entre sua base aliada para aprovar o tema sem participação popular. E que a luta não se foca apenas nos parlamentos, precisa fundamentalmente da mobilização das ruas.
Durante a reunião, Raul Amorim, da coordenação nacional do coletivo de juventude do Movimento dos Sem Terra, lembrou que “as ruas pediram participação política real e explicitou falência do sistema político expressamente criticado pela mídia, o mesmo sistema político que hoje tramita no Congresso a Lei de Terrorismo (PLS 499/2013) que aguarda votação no Senado e criminaliza movimentos sociais.”
De acordo com os jovens a presidenta Dilma se comprometeu a não enviar ao Congresso projetos de lei que endureçam o controle sobre manifestações.
“Ela anunciou que não enviará ao Congresso nenhuma lei que venha para aumentar a repressão sobre os movimentos sociais. Isso é muito importante, porque hoje os movimentos de rua, assim como a juventude negra e pobre, sofre muita repressão policial”, disse a presidenta da UNE.
Fonte: UNE

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