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sexta-feira, 11 de abril de 2014

“REDUZIR NÃO É PREVENIR!”, DIZ ARTIGO DE SECUNDARISTA

A UBES e todo movimento estudantil incia nova mobilização contra o projeto que pretende reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Saindo em defesa da juventude, leia o artigo da secundarista Jaine Santos, do Maranhão.
Dizem que quando temos problemas o mal tem que ser cortado pela raiz, pois caso cortemos o caule o problema está lá marcando presença e ainda com a ameaça de crescer novamente. Com a maior idade penal não é diferente. A violência tem que ser combatida em seu início. Eis alguns motivos para ser contra a redução:
  1. NOSSOS JOVENS SÃO VÍTIMAS DA DESIGUALDADE SOCIAL:

    Uma das maiores consequências da violência é a desigualdade social. Hoje em dia se vê muitos jovens à margem do crime por não terem as mesmas oportunidades que outros, acabam esse sendo o “melhor” ou até único caminho a ser seguido para chegar a qualquer tipo de comando. Escolha essa que pode sim partir de uma ideia frustrada de conseguir respeito na sociedade.
  2. AUSÊNCIA DE ESTRUTURA NO SISTEMA CARCERÁRIO:

    Retomando o único objetivo desse sistema, ressocializar, ou seja, isolar o jovem para que quando ele saia desse isolamento ele seja integrado na sociedade. Como integrar esse jovem na sociedade se, muitas vezes, a própria sociedade o rejeita a ponto de levá-lo a praticar a violência? Sem falar que esse sistema é falido, servindo hoje em dia como uma “especialização” do crime. Podemos citar a situação de Pedrinhas, presídio de São Luís (Maranhão), onde em um ano tivemos 64 mortos, sem contar os feridos. Sistema carcerário esse que não apresenta segurança para os muitos que estão lá dentro, nem para os que estão fora. Quase 9 detentos fogem por semana. Quando não é isso, entram em contato com aqueles que ainda não foram presos para incendiar ônibus, fazer arrastão, causar terror.
  3. NÃO HÁ RESSOCIALIZAÇÃO:

    O cara que entra, sobrevive e consegue sair não tem as mesmas oportunidades que outros que não entraram têm. Muitas vezes essa pessoa que praticou a violência sempre sofreu exclusão social. Não há como ter ressocialização se a sociedade nunca aceitou.
  4. A EDUCAÇÃO É A BASE DE TUDO:

    A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los os encarcerando é assumir, alegar e reforçar que a educação não chega a todos da forma que deveria. As causas da violência, consequência da desigualdade social, não serão resolvidas com a redução da maior idade penal. Precisamos valorizar os jovens, considerá-los parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco. Os jovens de hoje são o futuro do país, mas para ter um bom futuro é preciso investir no presente.
  5. Os/as Estudantes Maranhenses diz Não a redução da maior idade penal!
Texto de Jaine Santos
Vice – presidenta regional Maranhão da UBES e presidenta do grêmio no IFMA
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