O mundo inteiro se vê diante de antigos fantasmas que assolaram e causaram profundas cicatrizes na humanidade. A brutal recessão econômica capitalista, a ascensão do nazifascismo em diversas partes do globo e a escalada dos exercícios militares que intensificam as tensões rumo a um novo conflito mundial, são exemplos vívidos daquilo que passamos hoje e que, por ironia do destino, batalhamos tanto para que jamais voltasse a acontecer.
Ao passo que crescem as ambições imperialistas, o intervencionismo e o ataque a soberania de todos os povos, que tem o alcance potencializado pela mídia hegemônica e a robusta propaganda enfiada goela abaixo através de programas de TV, filmes hollywoodianos, músicas e etc, cresce também a resistência popular que, através do protagonismo da juventude, se levanta e luta em vias de garantir a autodeterminação dos povos. Ou seja, para que cada nação tenha condições de resolver seus próprios problemas, administrar os próprios recursos, tomar as próprias decisões.
Essa mesma juventude está reunida neste momento em Moscou, na Rússia, trabalhando para organizar aquele que virá a ser o maior Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes de toda a história do evento, que nasceu após a 2ª Guerra Mundial com o objetivo de lutar pela manutenção da democracia, da solidariedade e da paz entre todos os povos. Jovens líderes de todos os cantos do mundo compartilham experiências de luta, de coragem e, acima de tudo, de esperança.
Curiosamente, tudo que se ouve “diretamente da fonte” contrasta radicalmente com aquilo que temos acesso através dos veículos tradicionais de mídia, um sinal definitivo de que os meios de comunicação têm objetivos cada vez mais obscuros e distantes das necessidades reais da população. Sendo a informação uma fonte valiosa de poder, é correto concluir que a manipulação engenhosa das informações em conjunto até mesmo da manipulação da economia internacional fazem parte de um projeto político maior de estabilização geopolítica das nações que tentam impor sua agenda pós-crise.
A resistência é robusta, espalhada em cada continente. Enquanto um lado do mundo dorme, o outro luta e vice-e-versa. Há ainda, contudo, um elemento principal que enfraquece a luta dos combatentes mundiais: na Era da informação, seguimos desarticulados e incapazes de de nos movimentarmos como um único elemento, uma única voz e uma das razões mais proeminentes é uma comunicação insuficiente, impulsionada por um cenário internacional consideravelmente desarticulado.
As notícias, no entanto, são revigorantes. Há luta em todos os lugares. Bravos guerreiros e guerreiras espalhados pelo planeta, movidos pelo desejo de promover a justiça social e o desenvolvimento, enfrentam com abnegação as ameaças para o futuro. E essa deve ser a chama que incendiará e inaugurará um novo tempo para todos e todas.
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