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sábado, 9 de julho de 2011

CONFIRA OS DEPOIMENTOS DE DIRETORES DA UNE SOBRE OS DOIS ÚLTIMOS ANOS DA GESTÃO

Momentos marcantes, aprendizados e lições vividas pelos estudantes que estiveram à frente da maior entidade estudantil da América Latina

Mais um capítulo da história da maior entidade estudantil da América Latina se encerra neste mês. O 52ª Congresso da UNE, que acontece entre os dias 13 e 17 de julho em Goiânia, marca o final de uma gestão que fez da sua principal bandeira de luta, a democratização do ensino no país.

Seja nas ruas durante Jornada Nacional de Lutas à favor de 10% do PIB e 50% do Pré-sal para a educação, nos Conselhos e debates sobre machismo, homofobia e racismo nas universidades, nos comícios para entrega da Plataforma UNE pelo Brasil ou no panelaço virtual via Twitter pela aprovação da PEC da Juventude, a entidade conseguiu, através de todos os seus colaboradores, participar ativamente da sociedade brasileira.

Confira os momentos mais marcantes, os aprendizados e as lições que os participantes da diretoria da UNE tiveram durante esses dois anos:

Antonio Henrique – Secretário-Geral

Dirigir uma entidade com o peso e a história da UNE é um privilégio. Mas, é, principalmente, uma honra liderar a luta da juventude brasileira por uma nação livre, soberana e capaz de acolher todos os seus filhos. A UNE é a principal escola de formação da juventude brasileira. Aprendi muito com todos os diretores que atuam nos mais diferentes movimentos. Essa experiência me deixou mais preparado para ajudar o país.

Renan Alencar – Segundo diretor de Relações Internacionais

Fazer parte da UNE foi uma experiência sensacional! Tive a oportunidade de representar a entidade em 20 países de três continentes. Foram congressos, mobilizações e eventos dos movimentos estudantis, sociais, dos governos e até das Nações Unidas. No Paraguai acompanhei as eleições como observador internacional e conheci o presidente Fernando Lugo que pôs fim a 60 anos de domínio conservador Partido Colorado. Também participei da posse do presidente do Uruguai, José Mujica, um ex-guerrilheiro Tupamaru, a quem os militares prestaram continência.

Sandino Patriota - Primeiro vice-presidente

Nesta gestão da UNE tivemos a oportunidade de estar nas principais universidades do país, lutando contra o corte de verbas na educação, pelo fim do pagamento da dívida pública, e defendendo a assistência estudantil para todos os estudantes.

Bruno da Mata – Segundo vice-presidente

Para mim foi uma honra fazer parte da gestão da UNE que conquistou mudanças nas regras do FIES e aprovou no Congresso Nacional os 50% do fundo Social do Pré-Sal para educação. Sem dúvida, o momento mais emocionante deste período foi o reconhecimento do Estado pela destruição da sede da entidade durante a ditadura. À nova direção, desejo que não abandonem a luta relacionada ao Pré-Sal nem as discussões a respeito da aprovação do PNE e que fiscalizem e aperfeiçoem o novo momento que vive a universidade brasileira.

Fellipe Redó – Diretor de Cultura

É um privilégio estar em um espaço tão qualificado de debate e atuação política. Construir a história da UNE deve ser uma atitude cotidiana. A Bienal da UNE foi sem dúvida um marco dessa gestão. Em uma entrevista, o historiador Sérgio Cabral [pai do governador do Rio] me disse: “Dizem que o melhor carnaval aconteceu no passado. O de ontem e o de anteontem, mas o melhor carnaval mesmo é o de nossa juventude”.

Harlen Oliveira Cunha – Tesoureiro-geral

Fazer parte da UNE é um rico aprendizado e uma experiência marcante, inesquecível. Uma das nossas grandes conquistas nessa gestão foi a reparação do Estado brasileiro à UNE em forma de indenização pelo incêndio e demolição da sede durante o regime militar. A medida tem um valor histórico incalculável e ajudará a reforçar a autonomia financeira da entidade e, consequentemente, sua independência política, uma de suas principais características.

Emival Dalat - Diretor de Desporto Universitário

Fazer parte da maior seleção do Brasil, do time chamado UNE, foi uma das melhores experiências da minha vida. Escrevi, junto com todos os diretores, várias páginas na história deste país. Ao longo dos seis em que estou na UNE, coordenei a Caravana da UNE com a qual percorremos os 27 estados do país e mais de 32 mil km em quatro meses. Apesar da sensação de dever cumprido, sei que ainda são muitos os desafios para termos um ensino de qualidade e desenvolvimentista.

Wallison Brandão - Diretor de Políticas Educacionais

Participar dessa gestão foi algo novo e desafiador. Tivemos momentos muito marcantes, como as grandes agendas de mobilização da entidade como o CONEB e CONUNE. Acho que cresci muito ao longo desse período e, com certeza, saí mais amadurecido do que entrei.

Marcela Rodrigues - Diretora de Relações Institucionais

Participar da UNE é escrever seu nome na história do país. Ver suas conquistas mudando a vida dos estudantes e do povo brasileiro é indescritível. Para mim, o momento mais marcante foi a aprovação da lei que reconheceu a responsabilidade do Estado pela destruição da nossa sede na Praia do Flamengo. Os que tentaram nos derrotar, fracassaram.

Vítor Lucena – Diretor de Movimentos Sociais

Tentei compartilhar essa experiência intensa e rica de participar da UNE com o máximo de estudantes que pude porque só convivendo o dia-a-dia dos estudantes, seus problemas, desafios e angústias, é que de fato vamos ter o elemento mobilizador da força estudantil. A luta pelo Plano Nacional de Educação marcou a gestão como um momento de protagonismo da entidade frente ao governo.

Luís Felipe Maciel - Diretor Jurídico
Colocar-se a disposição de construir um novo país levando para as instituições de ensino debates sobre educação, juventude, esporte e política e ajudando a transformar a UNE a cada dia do tamanho do Brasil foi uma experiência única.

Da Redação

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