Foto: Vladimir Barreto/Arquivo S/F
O Dia Internacional da Mulher será comemorado em sessão conjunta do Congresso no dia 1º de março, a partir das 10h, quando serão homenageadas também as vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. A autora do requerimento da homenagem é a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que é também assinado pelas 12 senadoras da Casa.
Celebrado oficialmente no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher marca uma série de eventos realizados em todo o mundo por melhores condições de vida e de trabalho para as mulheres. Segundo Vanessa Grazziotin, não se trata de uma data para presentear, mas sim para reivindicar.
- O objetivo é comemorar combatendo, discutindo e propondo - explicou Vanessa Grazziotin à Agência Senado nesta terça-feira (22).
Para ela, esse dia tem um significado especial. Mas como explica no requerimento para a realização da sessão conjunta, não é o único dia do ano em que as mulheres querem reconhecimento e respeito. "Queremos ser donas do nosso destino, queremos o fim de toda a violência contra as mulheres, o fim da violência doméstica que vitima esposas, companheiras, noivas, namoradas. Queremos que a mulher ocupe cada vez mais espaços na sociedade e nas estruturas do poder", afirma ela.
O Dia Internacional da Mulher foi instituído oficialmente em 1975, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data escolhida - 8 de março - lembra a morte trágica num incêndio nos Estados Unidos, em 1857, de 129 operárias de uma fábrica têxtil, que reivindicavam melhores condições de trabalho.
Bertha Lutz
O Prêmio Bertha Lutz foi criado pelo Senado para homenagear mulheres que tenham oferecido relevante contribuição na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no país.
Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em 1894 e tornou-se líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras ao conseguir a aprovação da legislação que lhes permitiu o direito de votar e serem votadas.
Homenageadas
Entre as 14 indicadas para o prêmio em 2010, as cinco vencedoras são Maria Liége, Chloris Casagrande, Maria José Silva, Maria Ruth Barreto e Carmem Helena Foro.
Maria Liége participa da Federação Democrática Internacional de Mulheres. Chloris Casagrande é pedagoga, escritora e atualmente vice-presidente da Academia Paranaense de Letras. Maria José da Silva criou um projeto de coleta seletiva e educação ambiental e incentiva a criação de cooperativas formadas por mulheres catadoras de material, no Piauí. A psicopedagoga Maria Ruth Barreto foi a primeira presa política do Ceará durante o regime militar. Carmem Helena Foro trabalha como coordenadora de movimentos sindicais.
Dilma
Requerimento apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) solicita que, neste ano, durante a entrega do Prêmio Bertha Lutz, seja feita uma homenagem especial à presidente Dilma Rousseff.
Embora as inscrições para o prêmio tenham se encerrado no ano passado, Gleisi justifica a excepcionalidade por se tratar da primeira mulher a ser eleitapresidente da República do Brasil.
Valéria Castanho / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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