Estudantes, sindicatos e entidades querem garantir que não haja retrocesso no setor estratégico
A
União Nacional dos Estudantes e entidades estudantis, petroleiros,
centrais sindicais, e movimentos sociais, vão realizar um grande ato em
defesa do pré-sal, da Petrobras e do Brasil, na próxima segunda-feira
(15/09), às 10h, na Cinelândia, no Rio de Janeiro.
O ato está sendo construído pela Federação Única dos Petroleiros
(FUP) em conjunto com a CUT, CTB, UGT, MAB, MST, UNE, UBES, UEE,
FETEERJ, UEE MPA E CNM, FAMERJ, FAFERJ, entre outros movimentos sociais.
O objetivo do ato é alertar a sociedade para os riscos que sofre o
projeto de desenvolvimento em curso no país, em função dos ataques
contra o pré-sal e a Petrobras. Para a presidenta da UNE as riquezas do
petróleo são dos estudantes brasileiros e não podem virar alvo de
disputa eleitoral. “O movimento estudantil conquistou com muita luta
essa vitória [que garante 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo
Social do Pré-Sal para educação] que nos fará avançar no desenvolvimento
de um país mais soberano. O Pré-Sal deve ser prioridade nos próximos
anos até mesmo para garantir as metas do Plano Nacional de Educação de
10% do PIB para a educação”, afirmou.
A conquista foi comparada pela UNE a campanha do “Petróleo é Nosso!”,
também encabeçada pelos estudantes na década de 1950 em defesa do
patrimônio nacional.
Em apenas oito anos, o pré-sal já produz mais de meio milhão de
barris de petróleo por dia, gerando uma riqueza que será aplicada em
educação e na saúde pública. Nos próximos 35 anos, isso significará R$
1,3 trilhão em royalties que se destinarão à saúde e à educação dos
brasileiros. Isso equivale a mais de dez vezes o atual orçamento do
governo federal para essas áreas.
“Tudo isso só está sendo possível em função dos investimentos e da
competência da Petrobrás. Nos últimos 12 anos, os governos Lula e Dilma
fortaleceram a estatal para que ela cumprisse o seu papel de empresa
pública, gerando empregos e renda para milhares de brasileiros”,
ressalta o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel.
Só os investimentos da Petrobras representam 13% do PIB do país. Mas
nem sempre foi assim. Em 2000, a participação da indústria de petróleo
no PIB era de apenas 3%.
Por isso, estudantes, centrais sindicais e os movimentos sociais
estarão nas ruas, defendendo o pré-sal, a Petrobras e o Brasil da ameaça
de retrocesso. “Não permitiremos que este setor tão estratégico para o
país caia novamente nas mãos dos que defendem a privatização do Estado”,
alerta Rangel.
Em 2009 a UNE foi pioneira ao aprovar uma ampla campanha nacional em
defesa dos “50% do fundo social do Pré-sal para a educação pública”. A
iniciativa ganhou as ruas e as universidades de todo o país como
estratégia para se chegar aos 10% do PIB para a educação.
Fonte: UNE - FUP
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