Essa conquista ninguém tira da UNE e dos estudantes brasileiros
A
ampliação do investimento na educação pública brasileira são
reivindicações históricas da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em
2009 a UNE foi pioneira ao aprovar uma ampla campanha nacional em
defesa dos “50% do fundo social do Pré-sal para a educação pública”.
A iniciativa ganhou as ruas e as universidades de todo o país como
estratégia para se chegar aos 10% do PIB para a educação. Para a
entidade sempre foi claro que esse tesouro descoberto no fundo do mar
deveria ser revertido em investimento na educação pública para que
resultasse em real melhoria na vida das pessoas.
Desde lá a entidade foi cada vez mais reafirmando essa luta como uma
das suas principais bandeiras. Foi assim na plenária final do 53º
Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) que aconteceu em maio
de 2013, em Goiânia. A luta dos royalties do petróleo para a educação
que já vinha sendo defendida há anos passou a ser a principal bandeira
defendida na nova gestão encabeçada pela estudante Virginia Barros,
recém-eleita presidenta da entidade.
Em meio às discussões e disputas acerca dos royalties do petróleo
brasileiro que se seguiram, a UNE sempre chamou atenção da sociedade e
do poder público aos benefícios que essa riqueza poderia fazer no
financiamento da educação pública brasileira. Foram anos de intensas
mobilizações, campanhas, passeatas, ocupações no Congresso, corpo a
corpo com parlamentares e ministros. Em junho de 2013, quando os
brasileiros saíram às ruas para cobrar mais direitos, a UNE levantou
ainda mais alto a bandeira dos royalties do petróleo e o pré-sal para a
educação. Até o dia 9 de setembro de 2013, quando a presidenta da
República, Dilma Rousseff, finalmente sancionou sem vetos o texto do
projeto que garante 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social
do Pré-Sal para educação. São cerca de R$1,3 trilhão de reais,
investimento que vai representar uma transição de superação dos
problemas educacionais históricos, criando as bases de um projeto
educacional verdadeiramente emancipador e de acesso a todos. Sem dúvida,
uma das maiores vitórias dos estudantes brasileiros.
A conquista foi comparada pela UNE a campanha do “Petróleo é Nosso!”,
também encabeçada pelos estudantes na década de 1950 em defesa do
patrimônio nacional.
Para a presidenta da UNE os royalties são dos estudantes brasileiros e não podem virar alvo de disputa eleitoral.
“O movimento estudantil conquistou com muita luta essa vitória que
nos fará avançar no desenvolvimento de um país mais soberano. O Pré-Sal
deve ser prioridade nos próximos anos até mesmo para garantir as metas
do Plano Nacional de Educação de 10% do PIB para a educação”, afirmou.
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