Em ato, movimento estudantil e centrais sindicais cobram recursos que renderão R$ 1,3 trilhão para educação e saúde
Em meio aos debates eleitorais
sobre o papel do pré-sal para financiar educação, saúde e
desenvolvimento do país, os estudantes e as centrais sindicais
construíram ato unificado no Rio de Janeiro nessa segunda-feira (15/09)
para mobilizar a opinião pública entorno da pauta.
A passeata partiu da
Cinelândia, um dos mais famosos e importantes pontos de encontro das
manifestações populares no Brasil, seguiu em direção à sede da
Petrobras, na Avenida Chile, onde os manifestantes realizaram um abraço
simbólico na sede nacional da empresa. Estiveram presentes a Federação
Única de Petroleiros, CUT, CTB, UGT, MAB, MST, FETEERJ, MPA E CNM,
FAMERJ e FAFERJ.
A diretoria da AMES, UEES-RJ,
UBES, UEE e UNE acentuaram seu posicionamento em defesa da fonte de
recursos que renderá R$ 1,3 trilhão para educação e saúde do país nos
próximos anos. “Essa manifestação foi puxada por conta do risco que
corremos. Em pleno período eleitoral, muitos candidatos não citam em
suas campanhas o uso estratégico desses recursos ou declaram-se a favor
da privatização”, comenta o presidente da AMES, João Neto.
Passaporte para o futuro
A UBES reconhece a trajetória
histórica da pauta que foi encabeçada pelos estudantes na década de 1950
com a campanha “Petróleo é Nosso!”, em defesa do patrimônio nacional.
Muito aconteceu de lá pra cá, em 2009, com a descoberta de petróleo na
costa brasileira, os estudantes iniciaram a campanha “50% do fundo
social do Pré-sal para a Educação”.
As bandeiras foram
engrossadas, milhares de passeatas passaram a pressionar pelos 75% dos
royalties do pré-sal até chegar à fonte de recurso como meio de
viabilizar os investimentos de 10% do PIB no Plano Nacional de Educação
(PNE).
Sobre toda essa trajetória, a
presidenta da UNE, Virgínia Barros diz que as riquezas do petróleo são
dos estudantes brasileiros e não podem virar alvo de disputa eleitoral.
“O movimento estudantil conquistou com muita luta essa vitória que nos
fará avançar no desenvolvimento de um país mais soberano. O Pré-Sal deve
ser prioridade nos próximos anos até mesmo para garantir as metas do
PNE”, afirmou.
O aporte de R$1,3 trilhão de
reais foi finalmente sancionado em 9 de setembro de 2013, quando a
presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou sem vetos o texto do
projeto que garante 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social
do Pré-Sal para educação. O investimento vai representar uma transição
de superação dos problemas educacionais históricos, criando as bases de
um projeto educacional verdadeiramente emancipador e de acesso a todos.
“É, sem dúvidas, o nosso
passaporte para o futuro, os movimentos sociais do Rio de Janeiro
permanecerão unidos para garantir esse investimento”, conclui João Neto.
Da Redação - UBES
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