Para além da lousa e do caderno, saiba o que a UBES defende para o ensino médio nas Eleições 2014
Ao lado do financiamento da
educação, a principal pauta dos estudantes secundaristas nas Eleições
2014 é a Reforma do Ensino Médio. No último dia 5, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) apontou que a qualidade desta modalidade de ensino caiu em 16 estados brasileiros.
Os índices abaixo da meta mínima de
desempenho, somado a insuficiência do ensino na rede pública, refletem
em uma evasão escolar. Atualmente um terço dos secundaristas desse está
atrasado, estudando no ciclo anterior do que deveria estar.
Cada vez mais cedo os estudantes
abandonam os bancos das escolas para entrar no mercado de trabalho. Em
pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
(Cebrap) e a Fundação Victor Civita, em 2012, aponta que jovens do
ensino médio se queixaram de usar pouca tecnologia na escola e da pouca
utilidade prática em muitas das disciplinas.
Reformulando o currículo
Para UBES, o quadro só muda com uma
reformulação da grade curricular, que proponha a construção crítica do
pensamento, emancipando o jovem e discuta temas ligados ao seu cotidiano
e realidade. O fim da “decoreba” é um dos passos para construção de um
ensino médio capaz de preparar a juventude para ingressar na
universidade e no mercado de trabalho.
A educação laica, respeito às
diversidades, professores valorizados e qualificados para utilizar as
tecnologias na formação dos estudantes são algumas das metas defendidas
no bojo da pauta de educação nas Eleições 2014.
Ensino Técnico: mais do que apertar parafusos
Em sua Plataforma Eleitoral a entidade
defende por todo Brasil que o compromisso dos candidatos seja também com
o ensino politécnico e integral conectado à formação básica. Uma
reformulação robusta para área de ensino técnico e profissionalizante
deve viabilizar desde a assistência estudantil pela permanência,
infraestrutura, desenvolvimento de potencialidades e produções
específicas de cada região.
Financiamento da educação
Mexer na infraestrutura, investir na
formação de professores, inverter a lógica da educação arcaica e
investir em esporte e cultura dentro e fora da escola parecem coisas
impossíveis, mas o movimento estudantil tem provado que o investimento
de 10% do PIB no setor garantido no Plano Nacional de Educação (PNE) é
um caminho possível para construção de um novo modelo escolar.
O novo aporte financeiro será
progressivo até atingir o equivalente a 10% do PIB em 2024, quase o
dobro do praticado atualmente, que é de 5,3%. Segundo uma das exigências
do Plano, em 2019, no quinto ano da sua vigência, o valor já deve estar
em 7%. Esse aumento vai proporcionar a superação de problemas crônicos e
um verdadeiro salto qualitativo para área.
Fim da tecla ‘mute’
Investimento é importante, mas outro
pilar que anda lado a lado para reformulação do ensino médio é a
garantia de representatividade. A falta de respeito à liberdade e
identidade de cada estudante, as práticas de bullying e as gestões
autoritárias são um dos principais gargalos das escolas públicas.
Assim como muitos secundaristas vão às
urnas exercer seu direito democrático de eleger seus representantes, a
UBES elenca entre suas bandeiras em defesa da gestão democrática nas
instituições de ensino que estabeleçam eleições diretas para diretor,
funcionamento dos conselhos escolares, políticas de iniciativa interna
que valorize a diversidade de gênero e a livre organização dos grêmios
estudantis.
Faça o download na íntegra da Plataforma Eleitoral da UBES para as Eleições 2014, sabia o que é defendido por estudantes de todo país.
Da Redação - UBES
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