O combate ao racismo e ao genocídio da juventude negra das periferias lado a lado na pauta das Eleições 2014
A Desmilitarização da Polícia é o 6º item da plataforma eleitoral da
UBES. Os movimentos sociais tem se levantado contra o extermínio da
juventude negra e das periferias, que hoje são as principais vítimas de
homicídio no Brasil.
Segundo o Mapa da Violência 2014,
em 2012 aconteceram mais de 56 mil homicídios sendo 41.127 das vítimas
negras. O estudo aponta que de cada 100 pessoas em 100 mil, com idade
entre 19 e 26 anos, morreram de forma violenta. Os principais alvos
foram os negros.
A taxa de vitimização negra praticamente duplicou nos últimos dez
anos, passando de 73% para 146%. A parcela mais vulnerável desse
genocídio é a juventude negra, do sexo masculino, moradora das
periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre
racismo no Brasil, revelou que em 2013 a possibilidade de um adolescente
negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco. O
estudo mostrou que no país o racismo institucional (aquele que culpa a
própria vítima da violência) é expresso principalmente nas ações da
polícia.
Este estudo endossa a posição da UBES, conforme expresso na
Plataforma Eleitoral para as Eleições 2014: A Polícia Militar agride,
mata e discrimina a juventude, principalmente a juventude negra, pobre e
das periferias em vários estados do país.
Combate ao Genocídio da Juventude Já!
Para a UBES, o período das campanhas eleitorais é um dos caminhos
para firmar o compromisso dos candidatos à pauta de combate às práticas
de racismo e violência contra esta parcela da população.
Neste período de mobilização, os secundaristas também pautam o fim da
militarização do ensino que acontece em muitos estados. Os estudantes
são expressamente contra a presença dos policiais dentro das
coordenações escolares.
Nas periferias e grandes cidades, a primeira e mais recente política pública de combate ao genocídio entre jovens negros é o Plano Juventude Viva,
construído de maneira participativa, com consultas nos estados onde foi
implementado. Na maioria das vezes, as denúncias e ações de combate
permanecem partindo dos movimentos sociais.
Racismo X humanidade
Em entrevista ao site Ponte,
o cantor Emicida comenta o mais recente caso de racismo brasileiro, que
pela primeira vez no mundo, um clube é expulso de um campeonato de
futebol por atos racistas de sua torcida. De forma direta e simples, o
artista explica o que é o racismo no Brasil e como ele se expressa no
futebol, no dia a dia, na escola, na favela, na delegacia e no sistema
de Justiça.
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