Os ruralistas e a “BANCADA DA MOTO SERRA”, com o apoio de alguns auto denominados “desenvolvimentistas” vão tentar na Câmara dos Deputados, “flexibilizar” a estrutura do Código Florestal, o que para bom entendedor, significa afrouxar as já incipientes Leis que impedem a destruição das Florestas e áreas de preservação no Brasil.
Com a argumentação de que cada estado possui as suas particularidades, querem deixar para os respectivos executivos estaduais ou municipais muito da competência de legislar e estabelecer parâmetros de margem de rios e percentuais de áreas privadas que podem ser desmatados. Desejam eles ainda, tirar do IBAMA e do Ministério do Meio-Ambiente o poder de embargar obras e participar do licenciamento ambiental.
Tragédias como as ocorridas em Santa Catarina, as constantes inundações de São Paulo, o verdadeiro aguaceiro que se abate sobre Minas Gerais desde outubro de 2010, e as tragédias de Angra dos Reis, Ilha Grande e agora Região Serrana do Rio de Janeiro, que acaba de sofrer um verdadeiro dilúvio, mostram bem que os governos municipais e estaduais não conseguem sozinhos, colocar em prática políticas de preservação e recuperação do Meio-Ambiente, não conseguem impedir a ocupação irregular do solo, e não conseguem socorrer as vitimas das tragédias e desastres ambientais sem a ajuda do governo federal.
A inundação sem prededentes de grande parte da Austrália (foto) mostra que o problema das alterações climáticas é gravíssimo em todo o mundo, e, isoladamente ninguém resolve.
É UMCRIME o que ainda se desmata na Amazônia, UM CRIME o que ainda se destrói de MATA ATLÂNTICA, UM CRIME o que se avança com culturas de soja ou criação de gado sobre o PANTANAL e a região do CERRADO. Enquanto isso, imensidão de terra improdutiva continua intocada, esperando via especulação que se valorize para ser negociada a peso de ouro para a Reforma Agrária que caminha lentamente. Vale dizer que muitas dessas terras, são “ROUBADAS” e depois esquentadas com escrituras falsas.
A Presidente Dilma Rousseff e o seu governo estão aí, nos seus primeiros passos, tropeçando em pedras, barreiras, enchentes, deslizamentos e mais de 700 mortos em Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, e Cidades vizinhas. Tudo que aconteceu ali tem relação com o desrespeito à natureza, com a invasão de áreas que deveriam permanecer intactas, com o “calor” que influencia as correntes desde a Amazônia, ou aquece o Mar.
Se não aprendermos essa lição agora, diante de uma devastação jamais vista, de milhares de feridos, desabrigados e desalojados, de milhares de pessoas estarrecidas e traumatizadas, e, diante dos aproximadamente 1.000 mortos, número sinistro a que se pode chegar ao final da contagem dos corpos e dos desaparecidos, soterrados para sempre debaixo da lama, aprenderemos quando?
Todo o Progresso e toda a riqueza conseguidos com construção de “Castelos de Areia” serão perdidos um dia. A natureza apresenta a conta, não só aos que abusaram dela, mas, também aos que permitiram o abuso. Pagamos todos, um preço muito alto por não entendermos que o PLANETA chegou ao seu limite, e não suporta mais tanta agressão e ganância. Fonte: blog: 007BOND
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