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Poucas vezes a expectativa dos milhões de brasileiros e brasileiras foi tão contraditória em relação aos “representantes” do povo instalados no Congresso Nacional. Na noite dessa quarta (02), os deputados, por 264 votos contra 227, votaram pelo não prosseguimento da denúncia contra o ilegítimo governo, Temer.
Desde as primeiras horas da manhã de ontem 12 estados já registravam manifestações contra Temer, sendo eles: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. De rodovias paradas até atos em universidades federais, passando por ocupação na frente do próprio Congresso, os brasileiros mandaram seu recado e demonstraram seus ensejos para os deputados. E a mensagem era clara: Fora, Temer!
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| Pneus queimados contra Temer em Fortaleza. |
Aparentando um completo desprezo pela vontade de seus próprios eleitores a maioria dos parlamentares votaram pelo não prosseguimento das investigações contra Temer. Pesquisas realizadas em dias anteriores (aqui) a votação de ontem apontavam que aproximadamente 81 por cento dos brasileiros queriam o prosseguimento da investigação. De nada adiantou. Sendo assim, mais do que nunca, as ruas se tornarão a única ferramenta para que o povo persista em luta.
No quadro abaixo podemos entender de que forma Temer “costurou” sua permanência no poder. Com aprovações de suntuosas emendas, diversos parlamentares negociaram seus votos contra a investigação do golpista. Na tabela abaixo aparecem apenas os 10 mais bem pagos através de emendas, que não por coincidência, apoiaram Temer na votação dessa quarta. Confira:
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Em tempos de graves ataques aos direitos da população, que atingem amplos setores, e a juventude e os estudantes sentem os impactos de diversas formas, como por exemplo, correndo o risco de bolsas do CNPq serem interrompidas por falta de repasse do governo (leia mais), Temer distribui dinheiro público para tentar se salvar das diversas denúncias contra si mesmo.
Uma ampla resistência é a única opção para brasileiros e brasileiras permaneceram em luta contra o golpista e em defesa de seus direitos que são atacados de todas as formas possíveis. Para Alberto Broch, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores e Trabalhadores, Agricultores e Agricultoras Rurais (Contag) “o movimento social não conseguiu chegar até o povo, que está anestesiado, contaminado pela mídia, perdido. Acho que vai ser um grande desafio para nós do movimento social, reavaliar e começar tudo de novo. Precisamos organizar uma grande agenda”, afirmou.
A juventude tem data para tomar as ruas do país. Dia 17 de agosto, com a Jornada Nacional de Lutas. Confira em breve mais detalhes da jornada e o manifesto no site da UJS!
UJS
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