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domingo, 20 de agosto de 2017

Estudantes declaram guerra ao descaso na educação e os cortes dos direitos

Estudantes declaram guerra ao descaso na educação e os cortes dos direitos

17 de agosto foi definida como a data da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira - dia em que aconteceram protestos, atos e mobilizações nas ruas, redes, universidades e escolas em defesa dos direitos da juventude. A mobilização pela educação de qualidade também foi intensamente levantada.

Em São Paulo, mesmo sob chuva,um ato aconteceu na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Os manifestantes seguiram para a Praça do Patriarca, ao lado da sede da Prefeitura, em protesto contra  sucateamento da educação pública, ao tratamento de mercadoria dado ao ensino nas universidades privadas, aos cortes no Passe Livre Estudantil, ao projeto privatista do Prefeito João Dória e pela garantia das bolsas do CNPq.
"Essa jornada teve início com a histórica ocupação da Câmara Municipal e aqui estamos mostrando nossa resistência - não vai ter universidade pública cobrando mensalidade, nem vamos deixar que destruam a educação do nosso país", disse Nayara Souza, presidenta da UEE-SP.

Para a presidenta da UEE-SP, os cortes no passe livre fazem parte do pacote de concessões do prefeito tucano que promete entregar parques, mercados, estádios e até a operação do Bilhete Único para a iniciativa privada.

“O sistema de bilhetagem estar dentro desse pacote de concessões já é um indício de que o passe livre entrou nesse pacote. Os cortes são um reflexo de todo esse projeto político do Dória. Estar aqui hoje e usar estes adesivos em referência à privatização é um modo de dialogar com a sociedade e mostrar o que ele significa na prática para a cidade”, falou.

Ingrid Guzeloto, secretária geral da UEE-SP e estudante de Relações Internacionais na PUC-SP, enxerga na Jornada um reflexo da unidade que está sendo formada pra barrar os retrocessos. "É dessa forma que vamos conseguir avançar nos direitos à juventude e ser ouvida a nossa voz. Com a força total de unidade", afirmou a estudante.

Guilherme Rodriques, estudante de Engenharia Civil da Unicamp, veio para a capital para revindicar os direitos da juventude, uma vez que estão sob ataque. " A estrutura do poder hoje é totalmente neoliberal, que restringe formas de financiamento para a educação pública e até as ameaças às bolsas do CNPq".

O contigenciamento no orçamento voltado para as bolsas do CNPq teve também bastante destaque no ato. Aly Davio Orellano, doutorando em Educação e Bolsista do CNPq, considera que esse desmonte na ciência é mais um golpe à sociedade brasileira. " O país jamais conseguirá avançar sem investimentos em pesquisas e isso só mostra o descaso desse governo com o desenvolvimento", disse o pós graduando.

Saiba como foi a mobilização em diferentes cidades: https://goo.gl/416ceV

Fonte: UEE/SP

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