Já completamos mais de um ano em que um governo ilegítimo tem implementado um programa neoliberal de forte arrocho e retirada de direitos do povo brasileiro. Essas medidas assumidas pelo governo de Michel Temer não passaram pelo crivo das urnas e certamente seriam recusadas se passassem, tendo em vista o alto índice de rejeição ao governo e às suas propostas, sobretudo às Reformas Trabalhista e Previdenciária.
O congelamento de investimentos nas áreas sociais pelos próximos 20 anos é outra medida que ataca os direitos da juventude. É nosso papel defender a educação pública, gratuita e de qualidade, com acesso democratizado e políticas de assistência estudantil, garantindo uma educação de qualidade para todos, especialmente nesse momento em que tanto o governo quanto alguns veículos da imprensa propõem cobrança de mensalidade.
São cada vez mais alarmantes os índices de violência contra a juventude da periferia, sobretudo negros e negras, que em muitos dos casos tem relação direta com as ações desmedidas e truculentas da Policia Militar que ainda mantém uma lógica militarista arcaica. Ao mesmo tempo o desemprego e a falta de perspectiva para os jovens é cada vez maior. Ao contrário de buscar soluções pra essas questões, avança no Brasil uma pauta conservadora, com a Reforma do Ensino Médio, a proposta da Lei da Mordaça, propostas de cobrança de mensalidades em universidades públicas, cortes no financiamento da ciência e tecnologia, ataques aos direitos das jovens mulheres, negros e negras e LGBTs.
Em meio a um intenso conflito de interesses entre os três poderes da república que minam cada vez mais o estado democrático de direito no Brasil, o Congresso Nacional e o governo ilegítimo dão sequência à sua agenda de ataques contra os direitos do povo. Não há estabilidade democrática em nosso país e tampouco legitimidade no governo, ou qualquer debate sério entre Deputados e Senadores que favoreça os/as trabalhadores/trabalhadoras e a juventude. Só a soberania do voto popular e a luta organizada poderá mudar essa situação.
A proposta de antecipação das eleições gerais com as Diretas Já!, no Brasil, devem vir acompanhadas também por uma intensa luta contra as Reformas e todas retiradas de direitos e pela apresentação de um programa que sirva de fato à juventude, às mulheres, aos indígenas, aos quilombolas, às comunidades tradicionais, aos negros e negras, aos LGBTs e à toda classe trabalhadora, ou seja, aos brasileiros.
Todo esse cenário, pra além da batalha atual, é decisivo para o Brasil dos próximos anos, e é papel da juventude garantir que nossos direitos e nosso futuro não nos seja retirado. Nesse sentido convocamos todos e todas jovens e estudantes brasileiros e brasileiras das diversas organizações e movimentos sociais para construir uma grande mobilização para a jornada de lutas no dia 17 de Agosto em todos os estados do Brasil, organizando atos nas universidades, nas escolas, nas ruas, onde houver juventude disposta para lutar por nossos direitos e derrotar o projeto neo-liberal instalado em nosso país, e assim retomar a democracia e mais conquistas para nosso povo.
Fora Temer!
Abaixo as Reformas Trabalhista e Previdenciária.
Em defesa da Educação pública e gratuita!
Por novas eleições gerais e Diretas Já!
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