Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Jornal GGN - Por meio de nota divulgada na noite de ontem (31), a Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou o adiamento do início do ano letivo de 2017, que começaria hoje (1), por tempo indeterminado.
A reitoria justificou a decisão citando as condições precárias de manutenção da universidade, com a falta de pagamento das empresas terceirizadas que foram contratadas por meio de licitação pública. Além disso, serviços de limpeza, vigilância e coleta de lixo estão restritos, e o restaurante universitário está fechado.
O adiamento também foi causado, segundo a reitoria, pelo atraso recorrente de salários dos funcionários e docentes dos meses de maio e junho. Além disso, as bolsas estão atrasadas, incluindo a dos alunos cotistas, e o décimo terceiro salário não foi pago.
A reitoria critica o fato de que o governo do Rio de Janeiro manteve o pagamento em dia para servidores de determinados setores, como o da segurança pública, em decisão considerada discriminatório.
“Atingimos um patamar insuportável que impede a universidade de bem exercer suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Também o nosso Hospital Universitário Pedro Ernesto padece do mesmo problema e funciona com limitações quase impeditivas, diminuindo amplamente o atendimento à população”, diz a nota.
O governo do Estado do Rio de Janeiro tem passado por uma grave crise financeira. Também nesta segunda-feira, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) formalizou o pedido de adesão ao RRFE (Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal), criado pelo governo federal para socorrer os Estados.
Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda, quase metade dos servidores (204.759 pessoas) ainda não recebeu todo o salário de maio. No total, o RJ deve cerca de R$ 1,06 bilhão na folha de pagamento, considerando os meses de maio e junho e o 13º de 2016.
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