A diretoria da UEE-SP que ficará à frente da entidade nos próximos dois anos tomou posse na última sexta-feira, 11.08, Dia do Estudante. São ao todos 65 diretores de todo o estado de São Paulo que estarão defendendo a qualidade da educação nas universidades públicas e privadas, lutarão contra as opressões, realizarão mobilizações pela integração dos estudantes, por formações mais completas e por uma sociedade mais justa.
O evento contou com a posse da diretoria da UNE, um ato político e um festival pelos 80 anos da organização nacional, com a presença de movimentos sociais, parlamentares, entidades do movimento educacional e artistas
A presidenta da UNE, Marianna Dias, afirmou que a ideia de tomar posse em praça pública e não em um auditório, se deu por conta do momento político que o Brasil vive em que os estudantes precisam mostrar a sua cara.
Para ela o papel da UNE, o maior desafio é encantar cada jovem brasileiro da sua missão de defender o Brasil. “Não combina com os estudantes desistir perante as dificuldades, porque somos a UNE que derrubou a ditadura militar e que fez a liberdade raiar nesse país e será pelas nossas mãos que nós vamos reestabelecer a democracia, que nós vamos gritar bem alto que nós queremos e que vamos votar para presidente da República e que sobretudo nós não permitiremos que a universidade pública, que o Fies e ProUni sejam destruídos, porque nossos sonhos não tem preço e não pagaram pela crise”.
Para vice-presidenta Jessy Daiane, os golpistas tiraram o povo do jogo e “a tarefa da UNE é colocar o povo e os estudantes na cena da política, pra jogar nessa partida, recolocar o povo nas ruas, dando centralidade a luta de massa, as ocupações e aos atos de rua”.
Já a secretária-geral da entidade, Mariana Jorge, lembrou na necessidade de proteger um legado que colocou a classe trabalhadora dentro da universidades, culminando em uma mesa diretora feminista e Nordestina. “Para defender esse legado precisamos combater essa ameaça privatista e neoliberal”, afirmou.
Ocupação da Câmara
O dia foi de celebração completa. Desde cedo os estudantes paulistas comemoravam o fim vitorioso da ocupação da Câmara dos Vereadores da capital. Contra o projeto de privatização da cidade, e o corte no passe-livre estudantil, estudantes tomaram a casa legislativa e resistiram por 48 horas.
"Já iniciamos o período com a juventude cumprindo seu papel de resistência e luta. Saúdo a unidade dos movimentos para barrar o golpe e os projetos que estão em curso e que cortam nossos direitos e afrontam a sociedade", destacou a presidenta da UEE-SP, Nayara Souza.
Já o vice-presidente da UEE-SP, Diego Pandullo, lembrou que além do dia do estudante, no dia 11 se comemora o dia do advogado e dia da Advocacia, bem como 190 anos do CA XI de Agosto do qual faz parte. “Eu não podia deixar de lembrar da hipertrofia do poder judiciário, desse ativismo judicial desenfreado por parte de um poder aristocrático que não foi constituído nas ruas e não tem controle social, que é cada vez mais seletivo e arbitrário. Esse poder judicial está inscrito numa lógica de perseguição as organizações de esquerda e criminalização dos movimentos sociais e por isso temos que estar atentos”.
UEE/SP
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